
Por Kaehryan Fauth
O corpo nu é poesia. O reflexo no espelho é história. A pupila dos olhos é a mais sincera amiga. O caminho não é de todo escuridão.
O branco pálido reluz os tímidos flertes de luz que as nuvens deixam escapar. São tão delicados que sequer aquecem a pele.
A pele, cada dia mais pálida, anseia pelo verão. Poder nadar nas águas escuras de lagos sem vida. Poder correr o risco de afundar e de ninguém mais achar.
Sabe, eu quero acreditar… Ainda tem um mundo bonito lá fora, mesmo que as paredes atrapalhem. Ainda existem formas de falar ainda que a boca não se abra.
E eu sei que o inverno vai fazer falta também. O que mais cabe dentro de mim é saudade. E talvez a vida seja isso… Saudade.
Tem dias que é tudo tão bonito, tem dias que o vazio entristece, e tem dias que…
Eu queria tanto te falar.