As Cartas – Cuidado
As Cartas – Cuidado

As Cartas – Cuidado

Imagem: Amanda

Tu pode ler ouvindo essa música.

Tu me estende a mão vazia e me tira do ceticismo 

Logo eu que acho tão difícil andar pelo caminho do meio

Que sempre tive tanto cuidado

O apego nos teus dedos e no que não existe

Como se fosse ironicamente possível tudo se apagar em um piscar de olhos

Me dirijo sempre ao afeto que se instalou tão estranhamente

Não há escapatória além de abraçar o que causa temor

As luzes apagadas e o corredor vazio novamente

Poderia ser uma alusão ao que carrego dentro de mim

São só as tratativas da falta instauradas no empírico 

Tento estar presente nos diálogos que presencio

Mas minha mente vaga em todas as possibilidades

Jogo minhas cartas imaginando o universo rolando dados

Só que não há nada de conclusivo além dos avisos projetivos 

“Pode se transformar ou vai se esvair de vez?”

Não há resposta que caiba perfeitamente na minha pergunta 

A linearidade do sim&não é de um equilíbrio inexistente

A dualidade do falar ou se calar

Do gostar ou do tornar-se indiferente

Da lembrança constante ou do esquecimento total

Da sobrevivência espaçada ou da morte lenta

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