
Tu pode ler ouvindo essa música.
Tô sempre criando uns dilemas aí sobre as coisas que eu sinto e tentando encaixar as partes do meu próprio quebra-cabeças de um zilhão de peças em nível atômico
Não consigo nomear a confusão instaurada nas tentativas de linearidades e enraizamentos do meu ser
Queria poder comer todos os meus medos e excretá-los por qualquer buraco possível do meu corpo pra que eles não voltassem mais
Fantasio movimentos de aniquilação de todas as coisas do mundo pra que eu não pense que eu só queria acabar meu relacionamento egóico&chato comigo mesma
Existe uma insuportabilidade própria quando ouço meus pensamentos e analiso todas as ações que se derivam deles
Eu sou toda essa raiva que cresce bem no fundinho do meu peito e que quimicamente tento esconder porque eu não tenho ideia do que aconteceria se ela se dissipasse pra fora do casulo que eu construí
Travo uma batalha comigo mesma todos os dias pra tentar esquecer o sentimento de descartabilidade que vem em minha direção
Fico me perguntando se as conexões que estabeleço são reais ou se são apenas vislumbres de algo que eu gostaria que existisse
Preciso buscar de alguma forma na minha cabeça se o que eu sinto é real
Nessas tentativas de sustentação&validação é difícil encontrar provas do que realmente existe
Me encontro em um movimento de renascimento frente ao que eu mesma coloco como obstáculo existencial
E mesmo com todas as oportunidades de vínculo abertas pelo mundo, eu só queria cuspir na minha própria cara o quanto eu sou covarde por sempre andar em círculos e não falar verdadeiramente do que me angustia
Ainda que eu esteja tentando descobrir o que é