Mar – As Cartas
Mar – As Cartas

Mar – As Cartas

Por Taís Parente

E em milésimos de segundos eu me perco no teu sorriso e corro de  encontro ao exílio que é deixar você.

Me leva embora contigo e me traz de volta quando quiser.
Lembra da gente?
Na noite de lua cheia?

Indo de encontro ao desconhecido, sem rumo, sem risco, com medo de nos  deparar com nossos medos e anseios.

Você me disse que era sonho ter a vista para o mar, sentir a solidão de ser  em si mesmo tudo aquilo que queriam encontrar e ser visitado todas as  vezes que precisar… 

Era sonho teu ter a imensidão e a solidão vista no real, na forma sólida e  palpável de uma parte da terra.  

Em uma noite de lua cheia e mar revolto.  

Lembra dos nossos votos? Que o mundo poderia virar, rodopiar; as  estações; o clima; tudo poderia vir a mudar e a gente também.  

Humanos que somos, mutáveis e adaptáveis a todas questões que nos  atinge; não prometemos a eternidade nem o para sempre, mas o presente. 

Até onde o convívio fosse saudável, dádiva de Deus, do universo. Até onde olhar fosse surpresa e encanto;  

Até onde o coração acelerasse na gente;  

Até onde fosse necessário e urgente a presença.  

Uma hora de frente para o mar.  

Eu não sei quando irei voltar para nossa próxima visita ao mar, mas espero  que não demore.

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