As Cartas – Tudo
As Cartas – Tudo

As Cartas – Tudo

Foto: Amanda

Tu pode ler ouvindo essa música.

Uma imensidão sem horizonte aparente

Não encontro ninguém no caminho

Solidão ou solitude

Novas nomeações pras angústias recorrentes

Um grande espaço vazio que se apresenta 

Meu coração se desfaz toda vez que penso na falta

Na dureza da perseguição dos pensamentos

Na cadeia associativa complexa e desregulada

Mapas mentais malfeitos do costume de viver

A surpresa de algo novo me faz perceber que odeio partir sem querer ir

Me perco na fantasia desses lugares que não posso me encaixar

Quero ser tudo

Mas a maximização também é finita

Me jogo fundo sem esperança de voltar pra superfície

Nada é superficial, raso ou pequeno 

Abro meus braços pra imaginar tudo teu que poderia caber aqui

E mesmo o espaço gigante que compreende esse gesto não é significativo o suficiente

Nem quaisquer palavras

Pra falar sobre o afeto que não consigo nomear

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