
A sociedade é sustentada por um pilar. Este pilar se chama falsidade. Sem a falsidade as relações humanas se resumiriam em quem é mais forte para lutar com as próprias garras, não em quem é mais falso, como foi em toda a história e ainda é hoje. O ser humano é o animal mais falso que existe.
Eu mesmo, pra me sustentar, pra sobreviver, tenho que ser falso, fingir que gosto do meu emprego, fingir simpatia para conhecidos chatos e tentar não dizer várias verdades que me passam pela cabeça quando alguém claramente não sabe a hora de calar a boca.
As relações, tanto amorosas quanto políticas, começam pela falsidade ou se matem pela falsidade. Nas relações políticas, há a compostura de se manter os interesses dos governos sem gerar atritos, o que resultaria em uma guerra, seja em campos de batalhas ou econômica.
O ser humano conquista território a base de falsidade e destrói em nome do desenvolvimento, até um dia em que a natureza se encarrega de mostrar a verdade na escuridão das mortes. O sentido da vida é a morte.