
Tu pode ler ouvindo essa música.
Imersa em pensamentos intransitáveis
Busco chaves de quartos onde guardo memórias tocadas com ternura pra que não sejam esquecidas
As bocas alheias só falam coisas que eu não quero ouvir
Enquanto a tua boca discursa em silêncio
E é nessa ausência de ruídos que me vinculo à você
Me sinto em uma gangorra que sobe quando você vem e desce quando você vai
Tento sair do ciclo das dualidades, só que cada vez mais me embaraço apenas no sim&não
Gostaria de ser tantas coisas que não sou
Algo além das armadilhas subjetivas em que me prendo
Andar por aí sem pensar no que o futuro reserva
Olhar nos teus olhos e sossegar com a possibilidade do agora
Queria poder desejar o que eu não desejo
Abrir espaço pra não dar lugar ao que não me cabe
Enquanto não cruzo com longas estradas pavimentadas
Busco andar devagarzinho pra não tropeçar nas pedras soltas do chão
Ou nas zonas conflituosas dos meus pensamentos
Tento sempre lembrar que não há como procurar algo confortável em outro alguém
O maior conforto fica em mim e a meu coração é o meu lar
Não esquece de fechar a porta se não for ficar