Assista: Documentário “Um dia na Casa Azul”
Assista: Documentário “Um dia na Casa Azul”

Assista: Documentário “Um dia na Casa Azul”

O curta-metragem, dirigido por Carlos Eduardo G. Pereira e Simone G. Pereira, foi produzido para o trabalho de conclusão de curso de Jornalismo da Unochapecó. Eles contam um pouco sobre como foi a produção e suas percepções sobre o cotidiano do Centro de Convivência dos Idosos de Chapecó:

Por Carlos Eduardo Pereira e Simone Pereira

O envelhecer é algo natural do ser humano. Com o passar dos anos o corpo fica fraco e o raciocínio lento. Por isso, é preciso que alguns idosos sejam cuidados quase 24 horas por dia. No Centro de Convivência do Idoso CL Aurino Mantovani de Chapecó há hoje idosos que precisam de máxima atenção. A maioria destes idosos chegam até a Casa por motivos de abandono familiar ou más condições de vida nos seus lares.

O documentário “Um dia na Casa Azul” foi gravado em outubro de 2016. Com a utilização de poemas e linguagem literária, o filme apresenta a rotina de três moradores do Centro.

O CCI foi fundado há 24 anos. Desde 2013 a administração está sob a responsabilidade da Prefeitura de Chapecó. Localizada no bairro Saic, a casa abrigava na época da gravação, 16 idosos, entre eles 10 homens e seis mulheres. No Centro, os idosos recebem auxílio nutricional, psicológico, jurídico e social. Além dos funcionários da Assistência Social, a casa conta com um grupo voluntário do curso de Enfermagem da Unochapecó.

O local conta com 30 funcionários: duas cozinheiras, 10 auxiliares de enfermagem, uma enfermeira, 10 auxiliares internos, um psicólogo, um assistente social, um coordenador, dois médicos, um nutricionista e um fisioterapeuta.

O CCI tem um total de área construída de 546m² em um terreno de 2.475m², pertencentes ao Lions Clube de Chapecó Universidade, que mesmo após o Contrato de Comodato continua a atuar na entidade através de uma Comissão Permanente de Acompanhamento, além da realização de promoções, eventos e recebimento de doações que busquem auxiliar na melhoria do espaço físico do Centro.

Em nosso dia a dia, cruzamos com muitos idosos, seja no ônibus, no supermercado, nas calçadas e em eventos. Se você pensar sobre seu futuro, pode se deparar em uma situação incerta na terceira idade. Sempre há as questões de como vão estar, se terão uma casa, alimento ou até mesmo se irão estar sozinhos.

Com o passar dos anos, a pessoa idosa, aos poucos, se afasta do cotidiano que ela construiu durante a vida. Alguns são esquecidos pelas famílias e deixados de lado pela sociedade. O capitalismo contribui para este afastamento, pois quando uma pessoa envelhece, deixa de ser produtiva para o sistema.

No filme, registramos o cotidiano de quem por algum motivo foi passar os últimos anos de sua vida em um Centro de Idosos. Tentamos apresentar o Centro de Convivência a partir das perspectivas de seus moradores.  Buscamos mostrar como é a vida no Centro, e sentimentos como alegrias, tristezas, aflições e a rotina dos moradores – que a primeira vista parece praticamente a mesma, mas observando percebemos que cada um tem suas particularidades.

Algumas pessoas idosas são levadas para centros de convivências de idosos por não terem condições de viverem sozinhas, onde recebem auxílio de profissionais da saúde e também contam com a companhia de novas pessoas. Há também quem busca a casa por livre espontânea vontade.

Percebe-se que há muito a evoluir no tratamento oferecido aos idosos que perdem o apoio da família e se veem sozinhos numa casa de repouso. O trabalho técnico e medicinal desenvolvido no CL Aurino Mantovani é de qualidade, pois possuem profissionais capacitados e com formação. No entanto, pudemos perceber  que no lazer, entretenimento e muitas vezes no afeto, o local deixa a desejar.

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