Podcast Artemísia #3: as safadezas da banda John Filme
Podcast Artemísia #3: as safadezas da banda John Filme

Podcast Artemísia #3: as safadezas da banda John Filme

Foto: Eduardo Chagas

Por Carlos Eduardo Pereira

Fotografias: Eduardo Chagas e Maria Augusta

O tempo que demorei para publicar esse podcast foi suficiente para banda Matanza acabar e voltar (infelizmente) com novo vocalista. Mas deixo a banda ruim de lado, para falar de umas das melhores bandas de Santa Catarina atualmente, e a mais debochada também.

O som da John Filme, segundo o mais novo integrante da banda, Jivago Del Claro, é “um camaleão que fica mudando de cor e ninguém enxerga”. Essa fala se justifica pelas experimentações entre os álbuns/ EPs, e a mudança de integrantes, ao longo dos oito anos de carreira da banda. E, também, pela banda produzir tanto, em pouco tempo, mas nunca ter tido a visibilidade que, na minha opinião, deveriam ter conseguido antes. Começou como uma banda instrumental, em 2011. Era um trio, virou um duo, agora é um trio novamente.

O som da banda foi surgindo inspirado nas jam dos shows do Red Hot Chili Peppers, o que resultou no Jaromtom, primeiro disco instrumental gravado em 2012, em um estúdio em Porto Alegre, mas lançado em 2014.

“A história da banda de dentro pra fora é essa eterna não conseguir fazer as coisas. Tu grava em 2012 um negócio e demora dois anos pra sair. Em dois anos tu já odeia as música”, lembra o guitarrista e vocalista, Akira Fukai.

O EP Selfie é o segundo trabalho da banda, lançada em outubro 2015, com quatros músicas em inglês.

Sobre como é ser uma banda independente e ter que fazer praticamente tudo, Akira lembra que a banda gravou um monte de músicas em um período curto.

“Para fazer as músicas não demorou muito tempo. Nunca demorou na real. É um lance que pra operacionalizar, tem que gravar, tem mixar, tem que fazer todas as coisas. Tu vê que a banda existe mais fora dos instrumentos. Agora ela é muito mais a parte pós tocar do que tocar propriamente dito.”

Em fevereiro de 2017, lançam o EP Black Borboloto. Destaque para a música Castelo Diminutivo que, pra mim, é a melhor da banda. Deveria virar hino da juventude chapecoense. Castelo Diminutivo é quase um “Chapecó” da Banda Repolho, só que para os anos 2000. No podcast, eles contam a história dessa música.

Para melhorar a autoestima do baterista Fernando Paludo, que quis tocar guitarra, lançaram em novembro 2017, o Fohn Jilme. Primeiro trabalho produzido em casa, que, segundo eles, foi uma “tentativa de fazer no ritmo da banda”.

Nesse disco, a banda começou a fazer ensaios fotográficos, que, para Akira, ficou muito “mais fácil” do que fazer arte, como era feito nos outros trabalhos. As fotografias foram feitas pela fotógrafa Maria Augusta.

“Sempre dá a impressão que a galera que gosta não gosta de verdade” – Fernando Paludo

Seguindo a maldição de lançar músicas depois de dois anos que foram compostas, em abril de 2018 lançaram o EP Caleb, com músicas de 2016. A capa surgiu de outro ensaio fotográfico, dessa vez com o fotógrafo Eduardo Chagas.

Também em 2018, a banda lançou mais um EP, o Mammals

Neste episódio, gravado em junho de 2018, eles disseram que a banda ia falecer, mas, ao que parece, tá mais viva que gaúcho fazendo churrasco. Isso se confirma no novo ep lançado pela banda em dezembro de 2018.

O EP Kings Of Leon Cover, que era para ser uma banda, mas como não seria compreendida facilmente que não era um cover, optaram por lançar em EP. Neste, contaram com a participação do baixista Mauro Somensi, da Último Ensaio da Banda que Nunca Existiu.

O próximo álbum da banda é para ter tanta “safadeza misturada que chega a ser um carnaval”, segundo Akira. Ainda está para sair um filme onde eles atuam e tocam versões de músicas da banda, dirigido por Roberto Panarotto (banda Repolho), com ajuda de amigos na produção.

Fiz umas perguntas muito clichês para eles, mas tudo faz parte da curiosidade. Eles falaram do início da banda e de toda a safadeza da brasilidade e da CENA. O título desse texto pode ser considerado um titulo para ganhar cliques, um matéria que vira meme. Também falamos sobre isso no episódio. Demorou quase oito meses para sair essa matéria, então algumas coisas que a banda falou já saiu ou não saiu ainda. Isso vale para nossas opiniões, que talvez já tenham mudado. Já enrolei demais. Ouça:

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4 comentários

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