
Eu sempre esqueço.
Eu esqueço do que falei, das verdades e das mentiras.
Esqueço do que lembrei e de que um dia eu quis esquecer.
E não é porque eu quero, a minha mente já está acostumada.
Esquecer.
Esquecer é necessário, quando lembrar só te faz sofrer.
Esquecer é uma ilusão, quando o que é lembrado um dia te fez viver.
Mas, se hoje só te faz chorar, eu te peço: esqueça.
Pois pedir pra lembrar é pretensão demais.
Eu não sou nada demais.
Eu sempre esqueço.
“Eu agora, – que desfecho!
Já nem penso mais em ti…
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?”
– Do Amoroso Esquecimento, Mario Quintana
Chapecó, 23 de novembro de 2013