

Por Kaehryan Fauth
O corpo nu é poesia. O reflexo no espelho é história. A pupila dos olhos é a mais sincera amiga. O caminho não é de todo escuridão.
O branco pálido reluz os tímidos flertes de luz que as nuvens deixam escapar. São tão delicados que sequer aquecem a pele.
A pele, cada dia mais pálida, anseia pelo verão. Poder nadar nas águas escuras de lagos sem vida. Poder correr o risco de afundar e de ninguém mais achar.
Sabe, eu quero acreditar… Ainda tem um mundo bonito lá fora, mesmo que as paredes atrapalhem. Ainda existem formas de falar ainda que a boca não se abra.
E eu sei que o inverno vai fazer falta também. O que mais cabe dentro de mim é saudade. E talvez a vida seja isso… Saudade.
Tem dias que é tudo tão bonito, tem dias que o vazio entristece, e tem dias que…
Eu queria tanto te falar.
O sol começa a clarear o dia pra quem se permitiu acordar.
Tem gente que acredita que o dia será ótimo – e fazem acontecer, enquanto outras desenganam o próprio amanhecer.
Os risos escrachados – até mesmo de zombaria – e vídeos virais de animais fofinhos só demonstram o quanto as pessoas anseiam por algo que as divirta. Claro, porque não faz sentido nenhum viver se for para a tristeza.
Mas a verdade é que estamos nos tornando pessoas vazias…
Efêmeras até mesmo para a nossa condição humana.
Vazias de sentimentos – principalmente empatia.
Escassas de esperança e desesperadas por reconhecimento.
As pessoas estão carentes de carinho e sedentas por boas notícias.
Cheias de sentimentos vazios.
Você desperta o sorriso ou é aquele que arranca lágrimas?
É aquele que murmura ou vê mais motivos para agradecer?
A natureza humana tende a nos guiar pelo caminho das lamentações mas a verdade é que, apesar de ser uma “tendência” gritante em nós, precisamos transpor esse pessimismo e aborrecimento – isso porque, tanto eu quanto você, queremos e em alguns momentos estamos suscetíveis ao risco de invejar a felicidade.
Mas mais vale se encontrar na própria felicidade do que esperar que ela venha por alguém que não seja você
Deixe o mau humor ser algo raro e a gratidão virar hábito.
Seja como a luz do mundo.